Histórias de sucesso #43: Pedro Matos de Arruda – TJDFT

Olá pessoal!

Hoje o histórias de sucesso é com Pedro Matos, aprovado no TJDFT!

Ele gentilmente nos concedeu a entrevista que segue:

Nome: Pedro Matos de Arruda

Data de nascimento: 11/11/1988

Naturalidade: Recife/PE

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: TJDF. Desisti de fazer a prova oral do TJPI após saber o resultado do DF.

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Técnico Judiciário do TJPE.

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: 2 anos e 8 meses

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo

R: Sim, sou Técnico Judiciário no TJPE. Exerço a função de assessor de magistrado, o que certamente contribuiu para minha aprovação.

05 - Tempo médio de estudos diário:

R: O meu tempo de estudos foi dividido em alguns ciclos. O primeiro foi quando surgiu a notícia de que iria abrir edital para juiz do TJPE e foi o que me motivou a largar o mestrado para estudar para concursos. Neste primeiro ciclo, segundas e quartas estudava das 14h até as 18h30 e, nos demais dias da semana, das 14h às 23h. Fiquei nisso de julho de 2014 até março de 2015, aproximadamente.

Com a aprovação para a segunda fase do TJPE, deixei de fazer atividade física (não recomendo fazer isso) e passei a estudar das 14h às 23h todos os dias da semana, inaugurando o segundo ciclo de estudos e fiquei assim até janeiro de 2016, quando teve a primeira fase do TJDF.

O terceiro ciclo foi marcado pelo cansaço acumulado. Relaxei quanto ao início de estudo diário: dificilmente começava antes das 15h30, mas sempre fui até tarde da noite, pois não tenho sono antes da meia-noite.

Apenas modifiquei o ritmo de estudos com a notícia da aprovação para a prova oral do DF, quando tirei férias acumuladas e dedicava todo o dia aos estudos, com aproximadamente 10h líquidas de estudos.

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: No primeiro ciclo de estudos, dividi as matérias conforme é cobrado em prova: em 3 blocos. Estudava, por dia, dois deles, mas apenas mudava de matéria dentro de um bloco quando exauria o livro. Assim, apenas estudei processo civil depois de ler todo o livro de civil, e assim por diante. Depois, era apenas uma matéria por dia e só mudava quando terminava.

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Raramente. Como minha rotina diária de estudos era muito pesada e sempre mantive um cronograma de metas a serem cumpridas, não estudei nos finais de semana. Eventualmente, lia alguma coisa no domingo, mas sequer chegava a 3h de estudos. Apenas nas vésperas de provas é que eu usava os finais de semana para estudar e, quando estava na segunda fase de algum concurso, treinava alguma sentença, mas nunca nos dois dias do final de semana.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R: Whatsapp nunca usei para estudar. Acho que tem conversas paralelas e tira a atenção. No Facebook, participei do grupo do MEGE por algum tempo, mas com o crescimento do grupo, senti que perdeu a utilidade.

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Nunca fiz resumos, mas usei os cadernos de outras pessoas. Comprei os “cadernos sistematizados”, que são compilações das aulas de alguns cursos, atualizados, e passei a estudar por eles.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R: Não. Apesar das indicações de fazer revisões periódicas, nunca consegui encaixar isso no meu cronograma diário.

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Todos os dias úteis. Assim que acabava de estudar a matéria do dia, resolvia pelo menos 20 questões. Como eram 2 matérias por dia, resolvia ao menos 40 questões objetivas diariamente.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Também todos os dias. No primeiro ciclo de estudos, voltado para a primeira fase, dividi meu tempo de estudo diário entre doutrina, leis e questões.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Dedicava umas duas ou três horas por semana, sempre pelo site do dizer o direito. Na véspera das provas objetivas, lia o resumo que ele fazia. Nas provas subjetivas, ia direto no site do STJ e passava as 48h ou 24h anteriores apenas lendo os informativos. Não acompanhava os do STF (na véspera) porque vi que não eram muito cobrados.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas?  Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Nunca fiz curso online.

Em relação à fase oral, preparei-me inicialmente para o TJPI, pois o DF demorou muito para sair o resultado dos recursos. Fiz o curso do Espaço Jurídico e do Curso Vocabulum, ambos daqui de Recife. Cada qual com suas especificidades, mas preferi o EJ. À parte isso, fiz um curso de oratória (que não era voltado para concursos).

Quando saiu o resultado do meu recurso do TJDF, fiz o curso do AEJUR, lá em Brasília (eles fazem também por Skype, mas recomendo o curso presencial), e acho que foi o melhor dos três.

No entanto, especificamente em relação à prova oral, não acredito que o curso X ou Y seja o diferencial, mas sim os treinos com os colegas. Esses são indispensáveis.

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Para mim, poucas foram as mudanças no estilo de estudo para cada fase. A diferença é que para a primeira fase havia a leitura de leis e a resolução de questões objetivas; na segunda fase, abandonei o vade mecum e as questões objetivas, adotei os cadernos como instrumento principal de estudos e fiz questões discursivas e sentenças. Para esta fase, recomendo o Emagis, seja o plano comum, em que há correção das sentenças e das questões que você responde, seja adquirindo as rodadas anteriores, já respondidas.

Por fim, na prova oral, abandonei quase todo o meu material anterior e passei a estudar os resumos que nós, candidatos, havíamos elaborado.

Acredito que o estudo deve ter dois focos: o aprendizado da matéria, que é feito com os livros/cadernos; e o treino para a fase em que se está.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?

R: No TJAL e TJMS, fiz o curso de segunda fase do MEGE e eles mandaram o material com a análise dos examinadores, mas nunca dei muita atenção a isso.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: Adotar o posicionamento dos Tribunais Superiores, para mim, é o mais garantido.

                                                           BIBLIOGRAFIA

 

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):

Direito Administrativo – Manual de Direito Administrativo, de Matheus Carvalho (JusPodivm) + Cadernos Sistematizados

Direito Ambiental –Sinopse (JusPodivm)

Direito Civil – Manual de Direito Civil, de Tartuce

Direito Constitucional –Direito Constitucional Esquematizado, de Pedro Lenza ou Sinopse (JusPodivm) + Cadernos Sistematizados

Direito do Consumidor – Leis Especiais para Concurso (JusPodivm)

Direito do Eleitoral – Sinopse (JusPodivm)

Direito Empresarial – Direito Empresarial Esquematizado, de André Santa Cruz

Direito da Criança e do Adolescente – Leis Especiais para Concurso (JusPodivm)

Direito Penal – Parte Geral – Manual de Direito Penal, de Rogério Sanches + Cadernos Sistematizados

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Manual de Direito Penal, de Rogério Sanches + Cadernos Sistematizados

Direito Penal – Legislação extravagante -  Leis Penais Especiais + Cadernos

Direito Processual Civil – Já li alguns livros, mas não tenho indicações.

Direito Processual Penal – Sinopse (JusPodivm)

Direito Tributário – Direito Tributário Esquematizado, de Ricardo Alexandre

Humanística – Vai depender da banca organizadora. Se for FCC, acho que vale mais a pena resgatar os textos da época da faculdade. Especificamente em relação ao TJDF, eles costumam seguir mais o edital, de modo que o livro de Jerson Carneiro Gonçalves Júnior (Noções Gerais de Direito e Formação Humanística) é uma boa pedida. Em qualquer caso, tem que conhecer bem o Código de Ética da Magistratura. Indico também o material do Blog do MOCAM.

Sentença Cível – EMAGIS

Sentença Penal – EMAGIS

É isso! Até a próxima!