Histórias de sucesso #124: Marcos Vinicius Krause Bierhalz - Aprovado no concurso de Juiz Substituto do TJSP

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: 188º concurso do TJSP

 

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Técnico da Defensoria Pública/RS (2013); Técnico do TRF3 (2014); Delegado de Polícia/SC (2014/2015) e Promotor de Justiça MPRJ (2019).

 

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: Não foi exclusivamente para a magistratura, mas cerca de três anos. Antes já havia estudado, por cerca de dois anos, para concurso de delegado de Polícia.

 

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Sim. Durante os estudos para a magistratura era delegado de Polícia/SC.

 

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: Cerca de quatro horas diárias.

 

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Nunca tive critérios rígidos de separação de matérias. Mas quando focava em concursos da magistratura, dividia os estudos em três semanas, utilizando uma semana para cada grupo de matérias previsto no edital (grupo um: civil, processo civil, consumidor e ECA; grupo dois: penal, processo penal, constitucional e eleitoral...). Após a terceira semana, voltava para o grupo um.

 

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Em regra, sim.

 

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R: Utilizei grupos pequenos para as segundas fases e provas orais, e a troca de informações e dicas auxiliava bastante. Grupos para a primeira fase muito pouco integrei e nunca vislumbrei utilidade.

 

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Para provas discursivas, costumava resumir e anotar pontos importantes para revisões rápidas, sobretudo de humanística.

 

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R: Não.

 

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Tinha o hábito de resolver as provas assim que elas eram publicadas nos sites de questões e de refazer as provas anteriores do concurso que eu estava por prestar. Fora isso, não separava dia ou horas para a resolução de questões objetivas.

 

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Intensamente. No estudo para a prova objetiva, todos os dias.

 

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Diariamente lia as atualizações no Dizer o Direito e no site do Eduardo Gonçalves. Além disso, semanalmente lia os informativos publicados pelo STJ e pelo STF.

 

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas?  Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Indico os cursos do Magistratura Estadual em foco. Foi o curso que realizou um efetivo estudo da banca examinadora e possibilitou conhecer posições próprias para o concurso. Na busca por cursos de correções e simulados é importantíssimo que a correção seja realmente individualizada e orientada. Muitos já aprovados – como o mentor do Magistratura Estadual em foco – prestam esse serviço com excelência, diferentemente de cursos que não entregam correções minuciosas e individualizadas.

 

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Nada fora do comum. Tanto para as provas escritas (discursiva e sentenças) quanto para a oral, tenho que o mais importante é o treinamento. É relevante treinar mesmo antes de avançar à fase discursiva, pois por vezes o tempo pós-aprovação na primeira fase é curto. Para a prova oral, o treinamento e a simulação de prova são ainda mais importantes e podem ser realizados com colegas de concurso, amigos que também estudam ou com cursos específicos. 

 

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?

R: Fazia pesquisas muito superficiais, mas normalmente me valia das informações prestadas pelos cursos.

 

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: Mencionaria conhecer a posição do Tribunal, mas seguiria o posicionamento dos Tribunais Superiores. Penso que possivelmente ambas as posições sejam pontuadas, mas com a posição dos Tribunais Superiores vislumbro maior facilidade e segurança para, eventualmente, recorrer – até mesmo com base na Res. 75/09 do CNJ.

 

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: Mantenham-se com disciplina, perseverança. Se acreditarem, mantenham também a fé.

Quanto à disciplina, lembro-me de um recado de um professor da graduação. Ele afirmava que o direito não é um dom ou um talento, mas sim disciplina. Ninguém nasce sabendo; todos precisam aprender. Embora alguns até possam ter mais facilidade de compreensão, o estudo com dedicação, disciplina, repetição e persistência possibilita que todos cheguem ao mais alto nível e obtenham a aprovação que desejam. Demora muito tempo, é caro, desagradável e parece impossível, mas a aprovação para o cargo almejado é certa se o estudo do candidato for disciplinado.

Já a perseverança é uma característica quase inerente ao aprovado em concursos. Durante a jornada são dissabores mil, com reprovações infinitas e doloridas. Mas faz parte, é preciso perseverar!

E durante essa jornada, diante dos momentos difíceis e desanimadores, precisamos buscar força em algum lugar. Para muitos, praticar a fé e uma excelente opção.

 

                                               BIBLIOGRAFIA

 

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):

Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende de Oliveira (mas também usei Matheus Carvalho, sobretudo para a revisão dos temas que ele aprofunda nos finais dos capítulos)

Direito Ambiental – Frederico Amado

Direito Civil – Flávio Tartuce (volume único)

Direito Constitucional – Esquematizado do Pedro Lenza e o manual do Flávio Martins (também usei Bernardo Gonçalves para hermenêutica, interpretação etc.)

Direito do Consumidor – O livro do Tartuce e do Daniel Amorim é muito bom. Mas na minha preparação utilizava apenas a lei seca e a jurisprudência, recorrendo pontualmente ao livro de interesses difusos e coletivos do Cleber Masson, Landolfo Andrade e outros autores

Direito do Eleitoral – Não era objeto de estudo profundo para a magistratura. Eu utilizava o livro da Raquel Cavalcanti Ramos Machado para revisões pontuais, pois criei uma boa base estudando para o MP com o livro do José Jairo Gomes

Direito Empresarial – Esquematizado do André Luiz Santa Cruz Ramos

Direito da Criança e do Adolescente – Não tenho indicação

Direito Penal – Parte Geral – Para a magistratura indico o livro do Cleber Masson (o volume um do esquematizado, não o Código Penal comentado)

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Indico os livros do Cleber Masson (não o Código Penal comentado)

Direito Penal – Legislação extravagante - Livro do Renato Brasileiro de Lima

Direito Processual Civil – Livros do Fredie Didier (com exceção do volume 4, que trata do processo coletivo). O João Paulo Lordelo também disponibiliza em seu site (www.joaolordelo.com.br) resumos excelentes de quase todos os assuntos de processo civil, sobretudo para revisões.

Direito Processual Penal – Manual do Renato Brasileiro de Lima

Direito Tributário – Livro esquematizado do Ricardo Alexandre

Humanística – Utilizei o livro do João Paulo Lordelo, que propicia uma boa noção da matéria. Para complementar acho que o melhor é procurar algum curso que seja específico ao concurso e resumos de candidatos dos concursos anteriores.

Sentença Cível – Usava o livro do Nagibi de Melo Jorge Neto, mas o mais importante é o treinamento com correção (indico os cursos com correção individualizada do Magistratura Estadual em foco).

Sentença Penal – O livro “Sentença penal condenatória” do Ricardo Schmitt é fantástico. No entanto, mais uma vez reitero: é preciso o treinamento.

Qualquer livro/curso que indique para o concurso que não se encaixa nas matérias acima (ex: livro de discursiva da juspodivm que tem várias matérias, vade-mécum de jurisprudência etc) – Sem dúvidas, o Vade mecum de jurisprudência do Dizer o Direito é fundamental. Eu o utilizava para revisão tanto antes das provas objetivas quanto antes das provas discursivas e das sentenças. Inúmeras questões das provas objetivas estão no livro, e a separação dos assuntos facilita revisões rápidas de temas importantes para as sentenças, como “juros”, “aplicação da pena” etc.