Histórias de sucesso #108: Alice Alecrim Bechara - Aprovada no concurso de Juiz Substituto do TJRS

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

 

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Aprovada em todas as fases só no TJRS, antes disso fiz as segundas fases da DPRJ e da DPSP.

 

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: 5 anos.

 

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Nos últimos dois anos e meio de estudo trabalhei como Residente Jurídica da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (carga horária de 5h diárias).

 

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: Quando terminei a faculdade ingressei na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), de modo que assistia aulas presenciais na parte da manhã e estudava na parte da tarde/ noite, sendo uma média realista de 6h/7h diárias de estudo. Já no final da EMERJ ingressei no programa de residência da PGE e tentei manter o mesmo ritmo de estudo, trabalhando na parte da manhã e estudando na parte da tarde/noite.

 

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Na época da EMERJ (primeiros 3 anos de estudo) eu seguia o calendário de aulas. O esquema era de módulos que duravam em média uns 10 dias a depender da matéria, com uma prova ao final de cada módulo. Nessa época meu estudo seguia a ementa das aulas e era feito unicamente com doutrina e jurisprudência. O erro dessa época foi estudar “só para EMERJ” ignorando muitas vezes a lei seca e a revisão das matérias. Quando terminei a EMERJ eu tinha lido muitos livros, mas não lembrava de quase nada e foi quando resolvi começar o método do CICLOS que misturava mais de uma matéria por dia.

 

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: No início eu não tinha uma rotina fechada de estudos aos finais de semana, era mais variável de acordo com as provas da EMERJ. Depois entendi que os finais de semana faziam sim diferença e comecei a estudar todo sábado religiosamente até às 18h, e em época de edital aberto e de segundas fases também aos domingos (foi assim durante todo o ano de 2018 e de 2019).

 

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R:Utilizei na 2ª fase e na prova oral do TJRS e valeu muito a pena. Os colegas do grupo realmente se uniram para colaborar em pesquisas sobre a banca examinadora e isso com certeza foi um diferencial.

 

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Sempre fiz meus próprios resumos e sempre precisei escrever para entender melhor a matéria. É um método criticado por ser muito demorado, mas para mim era o que funcionava.

 

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R:O cronograma do CICLOS possui um método de revisão próprio do curso. Segui o cronograma até a 16ª semana que foi quando passei na prova objetiva do TJRS, depois disso comecei a estudar para segunda fase sem um método de revisão específico.

 

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Durante os três primeiros anos de EMERJ fazia bem pouco e sem rotina. Depois comecei a fazer todos os dias pelo menos umas 30 questões e sempre anotava em um caderninho todos os meus erros mais recorrentes. Na verdade, eu tinha o costume de pegar temas que eu sempre errava em questões objetivas e montar resumos esquematizados nesse meu caderninho ou em fichas (ex: tema de arresto e sequestro do CPP, estado de defesa e estado de sítio e etc)

 

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Quando eu passei na prova objetiva do TJRS eu lia todos os dias, sendo de forma mais intensificada no último mês pré-prova. Nesse último mês eu tentava escolher temas que eu sabia que não poderia contar com a minha memória (ex: contratos em espécie).

 

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Todo sábado de manhã era dia de ler jurisprudência diretamente do site dizer o direito. Eu tinha um caderno em word separado pelo número do informativo e também juntava os julgados novos nos meus cadernos e resumos.

 

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas?  Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Gostei do curso de segunda fase do CPIURIS, principalmente das aulas de humanística e de sentença criminal da professora Lorena Ocampos. Também indico o módulo de segunda fase de humanística do professor Rosângelo do MEGE. Sobre curso de Oratória fiz o da Rogéria Guida e foi essencial na minha preparação.

 

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Cada fase precisa de um método específico. Na primeira fase ler muito a lei seca e fazer questões sempre se atentando aos erros e a temas que temos maior dificuldade. Nessa fase o método do CICLOS me ajudou bastante. Já durante a segunda fase e a fase oral a base construída conta muito, pois não tem tempo hábil para revisar todas as matérias, o estudo é de escolhas trágicas e de tapar buracos nas nossas deficiências.

 

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?

R: Só durante a segunda fase e prova oral.

 

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: Adotar o posicionamento do STJ é mais seguro, e isso até ajuda em um eventual recurso.

 

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: O concurso público é igual a uma fila de banco, quando você se dedica o resultado uma hora chega. Pode ser que não chegue tão rápido quanto o esperado e nem que seja no concurso que idealizamos como aquele que seria o ideal para nós, mas ele vai chegar. É verdade que só não passa quem desiste e é verdade que o concurso que escolhe a gente. Por outro lado, é mentira que precisamos ser necessariamente máquinas para passar ou que haverá necessariamente uma linearidade, que uma vez aprovado em um será aprovado em todos. O essencial é ter disciplina, ter rotina, ser focado no seu objetivo, mas sem ser escravo do concurso. Se precisar chorar chore (quem estudava comigo sabe que eu já chorei estudando algumas boas vezes), e se precisar tirar um dia off no final de semana tire (eu tinha minhas idas sagradas à praia todo domingo de manhã), e isso não vai reprovar ninguém. O concurso não é a nossa vida, ele só faz parte dela.

 

                                               BIBLIOGRAFIA

 

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):

Direito Administrativo –Rafael Oliveira

Direito Ambiental –  Sinopse Juspodivm

Direito Civil – Cristiano Chaves de Faria e Nelson Rosenvald

Direito Constitucional –  Bernardo Gonçaves e Sinopse Juspodivm

Direito do Consumidor – Sinopse Juspodivm

Direito do Eleitoral – Sinopse Juspodivm

Direito Empresarial –Marlon Tomazzete

Direito da Criança e do Adolescente – Sinopse Juspodivm

Direito Penal – Parte Geral – Cleber Masson e Direito Penal em Tabelas da Juspodivm

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Rogério Sanches e Direito Penal em Tabelas da Juspodivm

Direito Penal – Legislação extravagante - Leis Penais Especiais - Gabriel Habib (Juspodivm) e Leis Penais Extravagantes - Claudia Barros Portocarrero

Direito Processual Civil – Daniel Amorim Assumpção

Direito Processual Penal – Renato Brasileiro e Sinopse Juspodivm

Direito Tributário – Ricardo Alexandre

Humanística – não utilizei livro

Sentença Cível –  Nagibe de Melo Jorge Neto (Juspodivm)

Sentença Penal – Ricardo Schmitt (Juspodivm)

Qualquer livro/curso que indique para o concurso que não se encaixa nas matérias acima (ex: livro de discursiva da juspodivm que tem várias matérias, vade-mécum de jurisprudência etc) -