Histórias de sucesso #104: Guilherme de Mello Rossini - Aprovado no concurso de Juiz Substituto do TJPR
01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:
R: TJPR
02 - Outros concursos em que foi aprovado:
R: Fui aprovado em técnico do TRF4, analista da Defensoria Pública de SC e professor substituto da UFSC, mas nunca assumi qualquer deles. Desisti do TJBA e do TJMT na fase oral. Desisti do TJAL na segunda fase. Todos em virtude da posse no TJPR
03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:
R: 02 anos (outubro/2017 a outubro/2019)
04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?
R: Não. Apenas atuei em poucos processos como advogado
05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):
R: Não contava horas líquidas. Iniciava todos os dias por volta de 09:30, com intervalo de uma hora para almoço, e parava em definitivo por volta de 22:30
06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?
R: Não organizei meus estudos pensando nisso, mas sim na diversificação em geral. Via de regra, pelo que recordo, sempre foram ao menos duas matérias por dia, e certamente todas durante a semana, com menor ou maior grau de aprofundamento
07 - Estudava sábados/domingos/feriados?
R: Sim, todos. Quando havia algum evento ou compromisso, estudava antes e depois. Acredito não ter ficado nem um dia sequer sem estudar um pouco. No ano novo e natal, por exemplo, estudava até próximo das 21:00
08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?
R: Os grupos de primeira fase não acredito valerem a pena. Os de segunda fase parcialmente, é preciso fazer uma leitura dinâmica das mensagens para não ser tomado por ansiedade ou perder muito tempo. Os de oral especialmente se a banca tiver um posicionamento pessoal dos seus membros muito peculiar, para intercambiar artigos, acórdãos, etc
09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?
R: Consultava, esporadicamente e apenas para tirar dúvidas ou suplementar um ponto deficitário, as aulas digitadas do Cpiuris. De resto, não utilizava cadernos, apenas minhas fichas baseadas em sinopses, sobretudo para segunda fase e oral
10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?
R: Nunca
11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?
R: Não me preocupava com esta regularidade. Nos materiais que adquiria às vezes possuía exercícios V ou F. Também comprava simulados específicos das provas mais próximas, como os do Mege, Emagis e Magis em Foco. Recomendo, também, seguir alguns IGs no Instagram, como do Focojus (bom para treinar questões), ted concursos e partiu concurseiro (doutrina), passo a decidir (sentenças), entre outros de que não me recordo no momento
12 - Com qual frequência lia “lei seca”?
R: Todos os dias no estudo da primeira fase, valendo-me dos materiais grifados e organizados do Preparo Jurídico, num primeiro momento, e depois do Legislação Destacada. Para a segunda fase, creio ser menos relevante, apenas para ter uma noção geral de leis desconhecidas e prováveis de cair conforme perfil da banca. Na fase oral, volta a necessidade de uma leitura mais constante, pois se perguntam coisas respondidas só com a lei, e ou não é permitido ou não é conveniente consultar o código
13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?
R: Já fiz alguns cursos/materiais de jurisprudência, como CMO e curso de informativos do Cpiuris. Li o livro do Márcio Cavalcanti, do DoD, e depois ia me atualizando pelos informativos resumidos do DoD, buscando aprofundamento nos precedentes mais complexos e que julguei mais passíveis de cobrança em detalhes. Para consultar quando se quer recordar de algum entendimento, o buscador do DoD é muito bom
14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas? Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?
R: Para mim, não funciona vídeo-aula. Assim, indico materiais de leitura para primeira fase (Preparo Jurídico e Legislação Destacada). Para a segunda, fiz o curso regular do Emagis (ajuda a manter atualizado e obter técnicas de sentença) e os cursos específicos do Cpiuris (bom para formar base, primeiro contato), CEI e IAD-Brasília para aperfeiçoar discursivas e sentenças. Para a oral, normalmente os regionais são mais indicados; fiz Emap e Aurum e indico ambos, cada qual contribuindo de uma forma diferente e talvez determinante
15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?
R: Objetiva: lei seca e jurisprudência. Não creio que a doutrina seja fator determinante nesta fase, embora se aproveite na segunda. Eu entendi que era melhor se preparar a uma fase de cada vez.
Discursiva e Sentenças: treinos com correção individualizada, estudo de jurisprudência e doutrina voltada para o perfil da banca. Num primeiro contato, focar bastante na estrutura das sentenças (ex: 23 pontos do Samer)
Oral: treinos presenciais e Skype, estudo de jurisprudência e doutrina voltada para o perfil da banca
16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?
R: Estudava, principalmente para direcionar o estudo aos temas e matérias mais prováveis. Às vezes o direcionamento é mais profícuo, outras vezes menos, mas sempre se aproveita algo, o que pode ser fundamental para garantir pontos essenciais à nota
17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?
R: Posicionamento dos Tribunais Superiores, ressalvando, apenas se tiver certeza de que os possíveis examinadores pensam diferente, o respeito à posição divergente.
Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:
R: Para mim, o pragmatismo no estudo de concurso funcionou bem e me assegurou uma aprovação relativamente rápida. Não me vitimizei por estudar muito, nem ficava lamentando não ter horas de lazer ou fiz auto sabotagem. Não acreditava que eu era merecedor de pena, nem que estudar muito, viajar e fazer provas no fim de semana era um grande feito e merecia, por si só, premiação ou qualquer tipo de reconhecimento. Visualizei no estudo do concurso uma atividade como qualquer outra, como se estivesse exercendo uma profissão com carga de 7 dias na semana, umas 10 horas por dia brutas, com metas ambiciosas. Tive humildade para reconhecer erros e me aperfeiçoar até nas 24hrs antes da minha arguição na fase oral. Estudei direcionado, com foco no que era necessário para superar as fases do concurso, sem a busca de uma perfeição ou do conhecimento pleno. Tanto que, durante toda a faculdade, estudei pelos manuais clássicos e obras extensas, prolixas, ao passo que, desde o início do estudo para concursos, não usei nada mais que sinopses da Juspodium e, esporadicamente, o Lenza (constitucional).
BIBLIOGRAFIA
Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):
Direito Administrativo – Sinopse Juspodium
Direito Ambiental – Sinopse Juspodium
Direito Civil – Sinopse Juspodium e CC comentado Juspodium
Direito Constitucional – Lenza e Cadernos Digitados do Cpiuris
Direito do Consumidor – Não li doutrina a respeito, pois a base da faculdade foi boa
Direito do Eleitoral – Sinopse Juspodium
Direito Empresarial – Sinopse Juspodium
Direito da Criança e do Adolescente – Sinopse Juspodium
Direito Penal – Parte Geral – Sinopse Juspodium (aliás, fenomenal esta sinopse dos professores Marcelo André de Azevedo e Alexandre Salim)
Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Sinopse Juspodium
Direito Penal – Legislação extravagante - Usei uma obra de que não gostei, então não tenho o que indicar
Direito Processual Civil – Sinopse Juspodium, apenas da parte geral e teoria do processo
Direito Processual Penal – Sinopse Juspodium
Direito Tributário – Não li doutrina a respeito, pois foi minha área de concentração no mestrado e também objeto de atuação profissional, tendo me dedicado bastante antes de iniciar o estudo de concursos
Humanística – Usei obras de que não gostei. Porém, o curso do professor Juliano, do Cpiuris, é muito bacana. Bem no estilo focado no que interessa, para nunca ser surpreendido com tema totalmente inédito na prova, sem a preocupação de fazer algo muito específico e completo em prejuízo de uma noção geral de tudo que pode cair
Sentença Cível – Acredito que os cursos específicos e os treinos são o mais importante. Apenas para consultas pontuais, o Sentença Cível, do Luiz Otávio Rezende
Sentença Penal – Acredito que os cursos específicos e os treinos são o mais importante. Apenas para consultas pontuais, o Sentença Cível, do Luiz Otávio Rezende
Qualquer livro/curso que indique para o concurso que não se encaixa nas matérias acima (ex: livro de discursiva da juspodivm que tem várias matérias, vade-mécum de jurisprudência etc) –
Como mencionei, o Vade Mecum de Jurisprudência do Márcio Cavalcanti é muito bom e utilizei para ter uma noção geral da jurisprudência desde mais ou menos 2012. Consultei um pouco o Questões Discursivas Comentadas da Juspodium, mas a verdade é que não deu muito tempo de treinar por ele. O Roteiros de Prova Oral treinei com a minha esposa nas viagens de carro até Curitiba, rs.