Histórias de sucesso #81: LEONARDO ISSA HALAH – Aprovado no concurso 187 para Juiz Substituto do TJSP
Nome: Leonardo Issa Halah
Data de nascimento: 06/02/1993
Naturalidade: Ribeirão Preto/SP
01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:
R: TJSP 187
02 - Outros concursos em que foi aprovado:
R: Escrevente Técnico Judiciário do TJSP
03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:
R: Até o resultado da prova oral foram cerca de 3 anos e meio (a partir de janeiro de 2015).
04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?
R: Sim, mas no começo, como advogado, dedicava a maior parte do tempo aos estudos.
Depois ingressei no Tribunal como escrevente/assistente, onde estou até hoje.
05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):
R: Desde que ingressei no Tribunal em 2016, cerca de 4 horas por dia.
06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?
R: 2 matérias por dia, variando as matérias a cada dia até que elas começassem a repetir.
07 - Estudava sábados/domingos/feriados?
R: Sim, mas costumava tirar o fim de tarde/noite de domingo para descansar.
08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?
R: Só a partir da segunda fase. Acho que nesse momento vale a pena, principalmente para trocar informações sobre a banca, discutir sobre sentenças, combinar treinos e simulações para a prova oral, desabafar sobre a ansiedade, etc. Na primeira fase acho desnecessário, acaba mais atrapalhando do que ajudando, porque geralmente são muitas pessoas e muitas informações desencontradas.
09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?
R: Eu fiz cadernos durante o cursinho no começo dos meus estudos e depois passei a estudar por eles, tentando mantê-los atualizados. Mas também usei cadernos de outras pessoas para complementar.
10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?
R: Não. Eu estudava linearmente até esgotar meu material e depois recomeçava.
11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?
R: No começo eu fazia quase todos os dias, umas 10 questões de cada matéria por dia apenas para fixar o conteúdo estudado no dia. Depois, quando estava saturado de ler meus materiais, passei cerca de 3 ou 4 meses estudando apenas por exercícios. Fazia cerca de 100 de uma matéria antes do trabalho e 100 de outra matéria depois do trabalho (no site Qconcursos).
12 - Com qual frequência lia “lei seca”?
R: Nunca. No começo tentei ler, mas logo percebi que para mim não funcionava, não rendia. Por isso decidi fazer muitos exercícios, para compensar essa deficiência de estudo para a primeira fase.
13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?
R: Nos 2 primeiros anos de estudo eu praticamente não lia jurisprudência. Depois, em 2017, descobri a existência do Dizer o Direito e passei a acompanhar os informativos por ali (me inscrevi para receber o newsletter periodicamente), o que foi importantíssimo para mim.
14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas? Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?
R: Eu fiz o curso de Carreiras Jurídicas do LFG em 2015 (telepresencial) e gostei, mas hoje não sei como está o curso, se os professores são os mesmos e tal. Para a prova oral fiz o curso do Marcelo Lage por Skype e fiz um simulado de banca no Juriscursos. Gostei bastante de ambos.
15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?
R: Cada fase demanda algumas particularidades no estudo, mas acho que não se pode abrir mão de continuar o estudo regular dos seus materiais (no meu caso, meus cadernos). Na primeira fase acho importante treinar questões objetivas. Na segunda fase acho importante treinar questões abertas, sentenças e estudar sobre a banca. Na oral acho importante fazer muitas simulações de prova, seja em cursos, seja com os amigos, presencialmente ou por Skype.
16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?
R: Sim. E isso foi fundamental para a minha aprovação.
17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?
R: Essa é uma pergunta difícil. Já vi gente defendendo as duas coisas. Eu acho que adotaria o posicionamento do tribunal, mas mostraria conhecimento sobre o posicionamento dos tribunais superiores, fundamentando bem a discordância.
Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:
R: Meu principal conselho é que não acreditem que existe um caminho único para a aprovação, uma receita única de sucesso. Há vários caminhos e métodos possíveis, e cada um tem que descobrir o que funciona para si. Eu, por exemplo, sempre ouvi que quem não lê lei seca não passa em primeira fase. Se isso fosse verdade, eu nunca teria passado. Claro que existem métodos que estatisticamente funcionam para mais pessoas, mas seguir esses métodos não significa que a pessoa vai ser aprovada, e não seguir também não significa que a pessoa vai ser reprovada. Tem gente que prefere ler doutrina, tem gente que prefere ler caderno, tem gente que prefere fazer questões, tem gente que prefere ler lei seca, tem gente que prefere fazer um pouco de cada coisa. Enfim, acho que a única unanimidade é que é preciso ter disciplina, muito estudo, organização e planejamento. Quanto ao método, cada um deve sentir o que funciona para si. E persistência. Se me permite citar um livro do Guimarães Rosa que um dia meu irmão me convenceu a ler: “A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
BIBLIOGRAFIA
Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):
Direito Administrativo – Alexandre Mazza e caderno da Fernanda Marinela
Direito Ambiental – Frederico Amado e caderno do Fabiano Melo
Direito Civil – Flávio Tartuce e caderno do Pablo Stolze/Flávio Tartuce
Direito Constitucional – Marcelo Novelino e caderno do próprio Novelino
Direito do Consumidor – Caderno do Fabrício Bolzan
Direito Eleitoral – Caderno do Cléver Vasconcelos
Direito Empresarial – André Luiz Santa Cruz Ramos e caderno do Alexandre Gialluca
Direito da Criança e do Adolescente – Sinopse Juspodivm
Direito Penal – Parte Geral – Cléber Masson e caderno do Cléber Masson
Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Cléber Masson e caderno do Cléber Masson
Direito Penal – Legislação extravagante – Caderno (não lembro os nomes dos professores)
Direito Processual Civil – Marcus Vinícius Rios Gonçalves e caderno do Fredie Didier/ Daniel Assunção
Direito Processual Penal – Norberto Avena e caderno do Nestor Távora
Direito Tributário – Ricardo Alexandre e caderno do Alessandro Spillborghs
Humanística – Vitor Frederico Kumpel
Sentença Cível – Usei o Nagibe de Melo, mas como ele é juiz federal, acho que hoje escolheria outro voltado para estadual. Tive aulas com o Jaylton Lopes também.
Sentença Penal – Ricardo Schmitt e aulas do Samer Agi.
Qualquer livro/curso que indique para o concurso que não se encaixa nas matérias acima (ex: livro de discursiva da juspodivm que tem várias matérias, vade-mécum de jurisprudência etc) – Vade Mecum de Jurisprudência do Dizer o Direito