Histórias de sucesso #78: VINICIUS NOCETTI CAPARELLI – Aprovado no concurso 187 para Juiz Substituto do TJSP e no TJPI

 Nome: Vinicius Nocetti Caparelli

Data de nascimento: 06/03/1986

Naturalidade: Florianópolis - SC

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: 187º concurso da magistratura – TJSP. Fui aprovado na prova oral do concurso da magistratura do Piauí (2015-2017), porém com classificação além do número de vagas disponibilizadas.

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Técnico Judiciário Auxiliar do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (2010).

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: 3 anos e 8 meses (considerando a aprovação no TJSP).

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Sim. Sempre como assessor de gabinete na comarca de São José (TJSC). Trabalhei em vara de execuções penais, vara criminal e agora vara cível. A carga
horária é de 7 horas por dia.

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: No primeiro ano de estudos (2015), cerca de 4 horas por dia. Nos anos seguintes (2016 a 2018), 6 horas diárias.

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Dependia muito do momento e para qual fase do concurso estava estudando. Normalmente, em estudos para a primeira fase, estudava 3 matérias por dia, dedicando 2 horas para cada. Nos estudos para segunda fase e oral a dedicação era mais vertical, eu tentava aprofundar mais em doutrinas e materiais relacionados aos examinadores. Por semana eu estudava todas as matérias do meu cronograma, todas do edital, sempre dedicando 2 horas por dia para as matérias maiores (civil, penal etc) e 1 hora para matérias com menor conteúdo ou cobrança (ambiental, eleitoral, consumidor etc).

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Sim. Quando decidi mergulhar nos estudos, decidi tornar essa escolha um estilo de vida. Nunca, em momento algum, estudei por obrigação, sempre tentei
considerar como o caminho do meu sonho. Mesmo nos dias de maior cansaço, eu tentava ao menos ler algo mais leve, estudar alguma matéria que eu gostasse mais, para não “perder o dia”. Claro que existem situações que algumas vezes nos forçam a não estudar, como problemas familiares, acontecimentos importantes, mas eu sempre tentei manter uma regularidade.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R: No início dos estudos eu utilizei um grupo do Facebook que me ajudou bastante, pois eu não conhecia o universo dos concursos, foi ali que passei a me habituar mais, conversar com pessoas que compartilhavam o mesmo sonho. Depois de algum tempo passei a fazer parte de grupos no whatsapp. Eu acredito que vale a pena sim, mas sempre com cuidado e ponderação. Nos grupos há o risco de desvirtuar o foco principal, por isso é bom dedicar um tempo para participação, outro para o estudo de maior concentração.

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Não fiz resumos, nem utilizei. Eu tentei fazer no início, mas particularmente achei que levava muito tempo. É uma questão de gosto e de escolhas, pois conheço pessoas que preferem fazer resumos e são sensacionais, aí eu creio que a pessoa deve ponderar qual o melhor método para apreender melhor o conteúdo.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R: Também não fazia revisões periódicas. Como eu não fazia resumos, uma revisão de qualidade estava prejudicada para mim. Foi um preço que paguei, mas tentei sistematizar os estudos para que essas revisões não fossem imprescindíveis.

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Nos estudos para a prova objetiva, fazia somente questões nos fins de semana. Durante a semana dedicava os estudos ao conteúdo propriamente dito, e fim de semana só questões.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Sempre. Algumas matérias demandam um estudo mais aprofundado, com doutrina (como parte geral de Direito Penal, por exemplo), mas eu li pelo menos
umas 4 ou 5 vezes por ano as principais leis (CF, CC, CPC, CPP, CP) e um pouco menos das leis menos cobradas.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: No início eu não tinha o costume de ler jurisprudência, mas percebi que era necessário. A cada 6 meses eu imprimia os informativos do STF e STJ por meio do Dizer o Direito, encadernava, e estudava. Confesso que eu me preocupava mais com os informativos nas semanas anteriores à prova, pois eu tinha medo de esquecer algo importante.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas? Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Eu não fiz nenhum curso regular para a magistratura, então realmente não poderia indicar o que não conheço. Para a prova de sentenças do TJSP, fiz o curso do JusTutor, e achei bem interessante. As correções são condizentes e achei bem individualizado, gostei. Para a fase oral, fiz Mege e CP Iuris, ambos possuem bons professores e passam bons feedbacks.

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Desde o início, meu estudo foi baseado em evitar o cansaço antes da hora. Ao invés de estudar horas a fio, eu estudava 50 minutos e parava 10 (para tomar água, respirar, pensar em qualquer coisa). Esses 10 minutos (ao menos pra mim) fizeram uma diferença gigantesca. Para a fase objetiva, muita lei seca, exercícios, súmulas. Fase discursiva e sentença já devem ser mais de acordo com os examinadores. É muito importante treinar questões discursivas e sentenças para aprender a controlar o tempo. Muita gente tem dificuldades com isso. Para a fase oral, além de estudar de acordo com o edital e com os examinadores, é muito bom treinar com colegas (seja presencialmente ou por Skype, Whatsapp, Hangout). Esse treino é essencial para desenvolver uma boa postura perante a banca.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?

R: Sim. Isso é muito importante. É ótimo saber a linha de raciocínio dos examinadores, pois isso ajuda a focar os estudos em determinados aspectos, determinados pontos. Livros, mestrado, doutorado, é tudo válido.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: Considerando que são os próprios membros do tribunal que farão a correção, é bom suscitar a controvérsia, para que eles vejam que o candidato conhece todos os posicionamentos. Isso já aconteceu em um concurso de outro Estado, e eu respeitosamente adotei o entendimento do STJ, apesar de reconhecer entendimentos minoritários em sentido diverso. Tive uma ótima nota na sentença. Não acredito que os examinadores queiram prejudicar o candidato por não adotar seu entendimento pessoal.

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: Eu sei que é difícil, sei que muitas vezes parece que estamos em um túnel onde a luz não aparece. Mas ela vai aparecer, acreditem. Estudem muito, seja qual for o método. Não precisa estudar rigorosamente todos os dias (como eu fiz), conheço pessoas ótimas que passaram e tiravam pelo menos um dia na semana para não estudar, para descansar e revigorar. Não existe fórmula mágica, cada um vai se adaptando, criando seu próprio método, fazendo seus cronogramas, traçando seu caminho. Motivação é algo muito bom para começar e para não desistir quando bate o desânimo, mas a disciplina é que preenche o espaço entre eles. Façam cronogramas, metas, sejam disciplinados. As coisas vão acontecer, todo esforço será recompensado, não desistam... Eu quase parei, deixei de fazer muitas coisas com minha família, mulher filho, mas segui firme, e agora fui abençoado com a realização desse sonho.

BIBLIOGRAFIA

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):

Direito Administrativo – Matheus Carvalho.

Direito Ambiental – Frederico Amado.

Direito Civil – Flávio Tartuce.

Direito Constitucional – Sinopse para concursos (juspodvum) e Barroso (para provas discursivas)

Direito do Consumidor –

Direito do Eleitoral –

Direito Empresarial – Gladston Mamede

Direito da Criança e do Adolescente –

Direito Penal – Parte Geral – Cleber Masson, Rogério Greco, Rogério Sanches

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Rogério Sanches

Direito Penal – Legislação extravagante -

Direito Processual Civil – Marcos Vinícius Rios Gonçalves

Direito Processual Penal – Guilherme de Souza Nucci e Eugênio Pacelli

Direito Tributário – Anderson Madeira

Humanística – Alyson Mascaro

Sentença Cível –

Sentença Penal – Ricardo Schmitt