Nome: Abhner Youssif Mota Arabi

Data de nascimento: 08/06/1993

Naturalidade: Goiânia/GO

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: 187ª Concurso do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Dos cargos já assumidos: Analista Judiciário – Área Judiciária do Supremo Tribunal Federal (2013), Técnico Administrativo da Anatel (2012), Assistente Administrativo da VALEC (2012).

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: De forma específica para o concurso, dois anos e meio.

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Sim, já desde a faculdade trabalho em tempo integral, quando fui aprovado em meu primeiro concurso público. Nesses 2,5 anos em que me dediquei ao concurso da magistratura, trabalhei como Assessor de Ministro do STF (onde também sou analista judiciário).

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: Como o trabalho me exige bastante, não havia sempre uma uniformidade de horas de estudo diário, mas em média de 3h líquidas por dia de estudo (sem contar tempo de aula).

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Eu não tinha muita rigidez quanto a isso. Costumava me orientar por partes dentro de uma matéria, conforme fosse avançando em cada uma delas.

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?
R: Sim. Com o trabalho, tinha pouco tempo disponível durante a semana. Finais de semana e feriados eram minha hora de fazer o estudo render e tirar o atraso. Mas também tinha momentos separados com a família, ir à igreja e saídas leves com amigos.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R: Não me utilizei muito dessa ferramenta. Mas para a fase discursiva/sentenças e para a prova oral, acho que vale a pena! Não apenas para dividir a tensão e as incertezas do momento com outros colegas, mas também para se informar sobre aquilo que tem acontecido nas provas, as ideias dos examinadores etc.

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Não. Com o pouco tempo que tinha, achava que resumos não seria uma forma eficiente de aproveitar minha disponibilidade.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R: Não nesses moldes. Priorizei fazer uma primeira leitura de todas as matérias e, depois, voltava revisando minhas marcações nas matérias em que eu tinha desempenho pior.

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Como não tinha muito tempo livre, priorizava o estudo de doutrina/jurisprudência. Mas fiz muitos concursos (não só da magistratura), de modo que já era uma forma de fazer exercícios.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Como não tinha muito tempo livre, priorizava o estudo de doutrina/jurisprudência. Mas tentava ler as leis menores à medida em que os temas surgissem nos livros.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Fazia uma leitura rápida dos informativos recebidos pelo serviço de pushing dos Tribunais. Minha atuação no STF já facilitava um pouco nesse sentido. Além disso, lia com mais atenção pelo site Dizer o Direito, especialmente os do STJ.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas? Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Não fiz cursos online, mas fiz Escola do MP em Brasília, que me ajudou bastante, principalmente a criar a disciplina de estudo. Para a prova oral, indico o curso AEJUR!

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Diferentemente de algumas pessoas, sempre preferi me preocupar com as fases do concurso pouco a pouco, quando chegasse nelas. Minha maior dificuldade era a prova objetiva, então fui priorizando sistemas de leitura/releitura do meu material, especialmente das matérias de pior desempenho. Em todo caso, para todas as fases, fui usando sempre o mesmo material, com alguns poucos ajustes.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?

R: Apesar de me preocupar em saber as diretrizes gerais de pensamento dos examinadores, não dediquei muito tempo a isso. Entretanto, acho que é algo recomendadíssimo e essa é uma das coisas que julgo que eu poderia ter feito melhor em minha preparação. Grupos de candidatos facilitam muito nesse ponto.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: Em caso de conflito, preferia adotar o entendimento dos Tribunais Superiores, ainda que eventualmente ressalvasse entendimento diverso.

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: Após receber a notícia de que fui aprovado na prova oral da magistratura do Estado de São Paulo, posso dizer que, aos 25 anos, realizo um sonho. Um sonho que muitas vezes parecia inatingível, muito difícil, mas que eu sonhei mesmo assim. Com a graça de Deus (que faz muito mais do que conseguimos pedir!), com o apoio da família, com o auxílio dos amigos e com a participação de muita gente, posso dizer que é possível! O que é impossível é chegar lá sozinho e o que mais sinto nesse momento é gratidão: a Deus e a muitos que me acompanharam!

Fiz muitas provas nesse tempo e eu não passei muito mais vezes do que passei!! A caminhada não se faz só de vitórias, há tropeços, desvios não planejados, imprevistos e surpresas, que nem sempre são positivas. Mas quando chegamos lá e olhamos para trás, vimos o quanto Deus cuida de nós e guia nossos caminhos para os destinos certos! Por isso, sonhe seus sonhos! Trace suas metas! Ouse ao sonhar! E busque caminhar! O caminho só se faz caminhando, então dê o primeiro passo! E, enquanto caminhe, procure ser feliz! Porque é só assim que conseguimos chegar mais perto do que sonhamos! Acredite, persista, insista, realize! É possível!