Histórias de sucesso #73: JESSICA PEDRO – Aprovada no MPSP e no concurso 187 para Juiz Substituto do TJSP

Nome: Jéssica Pedro

Data de nascimento: 14 de dezembro de 1991.

Naturalidade: São José do Rio Preto

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: 187º Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 1º lugar na prova oral.

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: II Concurso de Analista Jurídico do Ministério Público de São Paulo (3º lugar).

92º Concurso do Ministério Público do Estado de São Paulo (6º lugar).

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: 3 anos

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Sim, sempre trabalhei durante os estudos. Exerci o cargo de analista jurídico do
MPSP.

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: A rotina de estudos para quem trabalha não é linear e, acredito que quem diga ao contrário, não saiba muito sobre conciliar trabalho, estudos e rotina pessoal. Eu costumo dizer que eu estudava, sempre. Sempre que podia, sempre que tinha tempo, sempre que dava, insistentemente. Por isso, apesar de tentar bater metas altas (mais de oito horas líquidas), nem sempre era possível.

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Optava por concluir uma matéria antes de começar outra. Não é o “método” mais indicado, mas sempre me senti mais afinada a esse estilo, porque me permitia uma imersão na disciplina.

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Sempre. Por trabalhar em carga de oito horas diárias, os finais de semana foram imprescindíveis nos meus estudos.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?

R: WhatApp. Se o grupo for integrado por pessoas comprometidas, de fato, interessadas nos estudos, acredito que valha muito pena. Conheci pessoas maravilhosas por esse caminho que, sem dúvida, fizeram parte da minha conquista.

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Sempre gostei de estudar por livros. Mantinha o mesmo livro. Especialmente, na prova oral, me utilizei de resumos feitos por grupos de amigos, considerando as especificidades da banca examinadora.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias etc)? Com qual frequência?

R: Não. Tinha muita dificuldade com revisões.

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Fiz muitos exercícios antes das fases iniciais. Fazia uma prova por semana ao menos. Preferia fazer o simulado inteiro, ao fazer questões por matéria, para ter uma concepção global do meu nível. Cada fase exigiu uma preparação específica e, ao menos para mim, os exercícios foram fundamentais para que eu tivesse um bom rendimento nas primeiras fases.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Eu prestei, além do TJSP e MPSP, o concurso do TJPR. Assim que me formei, prestei o concurso de analista jurídico do MPSP e, nesse período, só estudei por lei seca e exercícios. Assim que tomei posse, iniciei o estudo de doutrina pelo VIPJUS e passei seis meses lendo só doutrina e grifando meus livros, deixando de lado lei seca. Quando finalizei, já iniciei o estudo para primeira fase e só lia lei seca, com muitos exercícios novamente. Ler lei seca foi fundamental. Meus estudos para primeira fase se resumiam praticamente em revisar um ou outro ponto e ler muita lei seca.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Dizer o direito. MUITO AMOR pelo Dizer o Direito.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas? Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Fiz muitos cursos (VIPJUS, Mege, Aejur, CPiruis, etc) e sempre fui muito bem acolhida em todos. Cada qual foi fundamental em uma fase da minha preparação. Acredito que o candidato tenha que sentir as suas deficiências e procurar o cursinho que mais se adequa a seu perfil. Apesar das críticas que existem, sempre, sou grata a todos que de alguma forma me auxiliaram nessa caminhada. E por isso indico todos.

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases (objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Acredito que a fase mais específica de estudos é a fase de sentenças. Sem dúvida a mais difícil e a que senti mais dificuldade. A preparação tem de ser muito específica e, se possível, toda direcionada ao perfil dos examinadores.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da segunda fase em diante?
R: Muito. Conhecer profundamente os examinadores, ao menos para mim, é a parte mais importante da preparação, desde a primeira fase. O examinador tem
um espectro de conhecimento específico e, por essa razão, é natural que ele se valha de suas especialidades para os questionamentos. Em ambos os concursos, conhecer a banca foi o grande diferencial para a aprovação.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual posicionamento?

R: O posicionamento da banca examinadora, ressalvando o dos Tribunais Superiores.

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: Que privilégio. Sempre li tantos depoimentos e tantas histórias lindas e, nem no meu melhor dos planos e sonhos, imaginava um dia poder escrever o meu depoimento. Existem duas coisas que me fizeram ser aprovada em um concurso público: FÉ e PERSISTÊNCIA. Fé para resistir às dores da alma. Persistência para superar as dores do corpo. Não há ninguém, quem quer que seja, que não possa ser aprovado em concurso público. Eu fui aprovada e sou a prova viva de que os estudos podem mudar o curso da sua vida e de sua história. Acreditem nisso. O tempo é o senhor da nossa história. E o que você vive hoje não é a sua vida, não é o seu carma ou seu destino compulsório. Você é aquilo que acredita e aquilo que, dia a dia, constrói. Você sempre pode mudar o curso da sua vida, sem se esquecer de que o TEMPO cabe a Deus. Faça a sua parte, lute e sorria. E espere Deus comandar a sua vida. Não faça nada esperando os frutos. Faça de sua caminhada a sua própria vida. As dores virão, com certeza virão. Mas só se curve para agradecer, porque as dores moldam e são elas que te permitirão um futuro mais íntegro. Todos nós temos nossas lutas, mas ninguém é vítima da vida. O processo de vitimização é o pior inimigo, não do concurseiro, mas do ser humano. Você não é vítima de nada. Suas derrotas fazem parte da história, as ame assim como você amará suas vitórias. E acredite, todos passamos por dificuldade. Seria mais fácil dizer aqui como fui bem sucedida, os meus métodos para ser aprovada aos 26 anos. Mas não. Isso não sou eu. Isso é a consequência do que eu fiz por anos. E por anos, eu duvidei, eu chorei e lutei, mas sorri e acreditei. Não quero que nunca ninguém olhe a minha história e diga: nossa, como ela é bem sucedida. Quero que olhem para mim e digam: nossa, ela acreditou. E acreditem, esse não era o meu destino provável. Quando há 10, 12 anos, decidi que seria promotora ou juíza, foi uma heresia. Por vezes, não tinha dinheiro para comprar livros e pagar cursinhos e nesses dias, eu chorava tudo que eu tinha na alma. Mas no dia seguinte, eu levantava e pensava qual caminho poderia construir com aquilo que eu tinha, sem questionar o porquê não tinha, o porquê não era mais fácil, o porquê de tudo. Nunca olhei para ninguém e pensei como queria ter aquela vida, mais fácil e mais segura. Ninguém é obrigado a estudar para concursos públicos. Isso é a SUA ESCOLHA. Então, viva sua escolha. Viva os ônus e bônus desse caminho. 

Sorria para suas derrotas e pense como é bom viver as suas lutas e, dentro da sua alma, sentir a sua fé se fortalecendo e vencendo. Não desista de você. Com os pés no chão, com os olhos no futuro e com Deus no Coração, tudo é possível. TUDO. E se eu tiver um único conselho para dar, que seja o amar: amar a sua vida, suas dificuldades, sua história. Ela é mais linda que você conhecerá, sem dúvida. Estudar para concursos é só uma, das milhares, lutas que enfrentará. E uma luta opcional. Você não precisa ser juiz, promotor, qualquer coisa que seja para ser feliz. Mas se isso for parte da sua felicidade – como é para mim – então escolha e seja inteiro. Não faça nada pela metade. Sua vida é linda para que seja pela metade. Se optar por esse caminho, faça o melhor que puder e, a cada dificuldade, AGRADEÇA. Isso é fruto da sua escolha. Não será fácil, mas podem crer que com fé, senso de autorresponsabilidade e amor ao próximo esse caminho será de luz.

Obrigada por tudo e muita paz a todos vocês. Leopoldo, obrigada por tudo. Minha eterna gratidão.

BIBLIOGRAFIA

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):

Direito Administrativo – Maria Sylvia de Pietro

Direito Ambiental – Frederico Amado

Direito Civil – Flávio Tartuce

Direito Constitucional – Marcelo Novelino e Uaddi Lammego Bulos

Direito do Consumidor – Leonardo Medeiros

Direito do Eleitoral – Sinopse da Juspodvum

Direito Empresarial – André Santa Cruz

Direito da Criança e do Adolescente – Paulo Lépore/Rogério Sanches

Direito Penal – Parte Geral – Cléber Masson

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Cléber Masson

Direito Penal – Legislação extravagante - Renato Brasileiro

Direito Processual Civil – Material próprio do F. Gajardoni.

Direito Processual Penal – Renato Brasileiro

Direito Tributário – Eduardo Sabbag

Humanística – Material do examinador. É a matéria que precisa ser mais afinada ao perfil da banca.

Sentença Cível – Livro da Juspovdum

Sentença Penal – Livro da Juspodvum

Qualquer livro/curso que indique para o concurso que não se encaixa nas matérias acima (ex: livro de discursiva da juspodivm que tem várias matérias, vade-mécum
de jurisprudência etc) -

Todos os livros do DIZER O DIREITO.