Histórias de sucesso #71: BRUNO BARCELLOS DE ALMEIDA – Aprovado no concurso para Juiz Substituto do TJRS

Nome: Bruno Barcellos de Almeida

Data de nascimento: 27/11/84

Naturalidade: Porto Alegre/RS

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: TJRS

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Analista Judiciário do TRF da 4ª Região

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: De forma contínua, 02 anos.

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: Sim. Fui Assessor de Juiz de Direito por 07 anos. Após o lançamento do edital do
certame do TJRS, em 2015, todavia, solicitei exoneração, passando a me dedicar
exclusivamente aos estudos. Para mim foi fundamental esse período de dedicação
integral, em que pese não seja essencial, vale ressaltar, para a aprovação no
concurso da magistratura. É plenamente possível, sim, ser aprovado conciliando o
trabalho com os estudos. A maioria dos aprovados no meu concurso trabalhava.

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: 06 a 08h.

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?

R: Uma matéria por dia. Sempre gostei de esgotar todo o edital referente à matéria
para então passar ao estudo de outra. No período noturno me dedicava ao estudo
dos informativos e também de doutrina complementar - aquela que considerava não
ser obrigatória para a aprovação, mas que garantiria um conhecimento a mais em
prova discursiva e/ou sentença.

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Estudava pelo menos um turno aos fins de semana. No mês anterior a cada etapa
do concurso, estudava sábado e domingo.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a pena?
R: Vale a pena, sim. Os candidatos compartilham materiais, dicas e também serve
para relembrar horário de provas, tomar ciência de publicações administrativas da
banca examinadora. Sempre tem alguém do grupo acompanhando e postando.
09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?
R: Utilizei um método que me ajudou muito na aprovação. Não usei vade mecum.
Imprimi minhas próprias leis secas e encadernei. Deixei uma folha em branco de
espaço a cada página de lei, fazendo então uma "lei comentada" à mão por mim,
com citação de doutrina e jurisprudência dos Tribunais Superiores.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias
etc)? Com qual frequência?

R: Não gostava muito de revisão. Preferia fazer ciclos de estudo de todas as
matérias, ainda que isso demandasse muito tempo. Para mim funcionava melhor.
11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Fazia uma vez por semana, geralmente aos domingos. Comprei livros específicos
com questões de concurso comentadas.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Reservava um turno do dia para a leitura da "lei seca". É importantíssimo não
só para a primeira fase do certame, mas também para as seguintes, uma vez que ter
a lei mentalizada ajuda a encontrar rapidamente aquilo que você procura no dia da
prova, poupando tempo. Cada segundo é sagrado no dia da prova.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos
Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?


R: Lia do site Dizer o Direito e também dos livros publicados pelo autor do site. É o
melhor conteúdo em termos de informativos que existe à disposição. Geralmente
estudava a jurisprudência à noite, antes de dormir, e reservava o dia anterior à
prova para a sua revisão.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas?
Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Para a magistratura do TJRS, indicaria o curso de sentença da Escola da Ajuris,
uma vez simula a prova com autos físicos, como é exigido tradicionalmente pelo
referido Tribunal. Ainda, tem o curso MEGE, que possui bons professores.

Relativamente à prova oral, o melhor curso é o Aprovandi (MG), sendo possível ser
complementado pelo curso Oratória Rogéria Guida (RJ). Fiz os dois.

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases
(objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: Para a fase de sentenças o essencial é praticar à exaustão. Fazer muitos
simulados e preparar um banco de teses possíveis de serem cobradas, especialmente
na sentença criminal, com o respectivo fundamento para afastá-las ou acolhê-las.
Não se pode descuidar da caligrafia e do uso correto do português também. Pode
parecer bobagem, mas uma boa escrita causa ótima impressão ao examinador,
aumentando sua nota. É natural do ser humano.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da
segunda fase em diante?

R: Fiz esse estudo para a prova discursiva. Li artigos escritos pelos examinadores e
pesquisei os julgados dos examinadores que elaboraram a prova de sentença.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um
posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual
posicionamento?

R: Por segurança, melhor adotar o posicionamento dos Tribunais Superiores. Em
sede de recurso aumentaria a probabilidade de sucesso.

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: O caminho é árduo. São muitas privações e horas intermináveis de estudo. Fora o
fator sorte que existe em todo certame. Existe uma álea, é tudo muito aleatório.
Precisa ser a tua vez, isso é fato. Ter chegado a tua hora. No entanto, faria tudo de
novo, sem dúvidas. É muito gratificante ser magistrado. Recomendo que não
desistam. A aprovação é fruto da resiliência. Para mim, dois momentos foram
marcantes para ver que tudo valeu a pena. O primeiro, o dia da posse, no Plenário
do TJRS, tão sonhado durante o concurso. O segundo, o dia da primeira audiência.
A gente nunca mais esquece. Boa sorte a todos!