Histórias de sucesso #70: BÁRBARA COLEN DINIZ – Aprovada no concurso para Juiz Substituto do TJRS

Nome: Bárbara Colen Diniz

Data de nascimento: 08/04/1989

Naturalidade: Belo Horizonte/MG

01 - Concurso(s) para magistratura qual(is) foi aprovado:

R: TJRS

02 - Outros concursos em que foi aprovado:

R: Zero.

03 - Período de estudos até a primeira aprovação em concursos de magistratura:

R: 3 anos e 3 meses.

04 - Trabalhou durante os estudos? Cargo?

R: 1 ano conciliando estudos e trabalho (assessora no TJMG) e 2 anos de
dedicação exclusiva aos estudos. Apostei todas as fichas no projeto, vendi carro,
reduzi os gastos, tudo para ter disponibilidade financeira para focar nos estudos.
Considero que a dedicação exclusiva não é fundamental para a aprovação, mas
para mim foi muito importante.

05 - Tempo médio de estudos diário (horas líquidas):

R: Variou bastante. Logo quando comecei a “só estudar”, conseguia render cerca 8
a 9h líquidas. Depois, quando começou a fase de revisar, conseguir 6h líquidas era
uma vitória. No período em que trabalhava, estudava cerca de 3h diárias e me
dedicava mais nos fds.

06 - Quantas matérias diferentes lia por dia? E em uma semana?
R: No período de dedicação exclusiva, estudava 3 matérias por dia. Fazia questão
de, em uma semana, sempre passar por todas as matérias do edital, ainda que
brevemente.

07 - Estudava sábados/domingos/feriados?

R: Quando trabalhava, estudava sábados, domingos e feriados. Quando estava em
dedicação exclusiva e tinha um bom rendimento na semana, me dava um dia de
folga no fds. Já nessa fase final em que o estudo não rendia tanto, estudava um
pouco todos os dias da semana, inclusive fds e feriados.

08 - Utiliza grupos de facebook/whatsapp para estudar? Acredita que valha a
pena?

R: Acredito que grupos para primeira fase são uma furada. Mta gente ansiosa
pensando em tudo que pode cair, o que só aumenta ainda mais a ansiedade. Já nas
fases seguintes, a utilização de grupos passa a ser interessante, até porque estão
reunidas pessoas em tese mais experientes e que tem mais a contribuir. Para as
fases de inscrição definitiva e oral, a participação em grupos se torna fundamental
para a troca de informações.

09 - Fazia resumos/cadernos ou utilizava algum feito por outras pessoas?

R: Acho que aí está a chave da minha aprovação. Fiz um material único que
reunia meus cadernos de cursinhos, pontos importantes vistos em questões,
informativos. Tudo que eu achava relevante colocava lá e lia exaustivamente. Em
algumas matérias em que eu tinha mais dificuldade, cheguei a fazer resumo de
doutrina e inserir no material. Escrevia tudo com as minhas palavras, o que
facilitou a revisão e a memorização. No momento das discursivas eu conseguia
lembrar claramente como o ponto estava escrito no meu material, o que me ajudou
a ganhar tempo na resposta de algumas questões. Para a minha forma de
aprendizagem, seria um erro a variação de material.

10 - Fazia revisões do estudo nos moldes propostos por coachings (24h, 48h, 7 dias
etc)? Com qual frequência?

R: Fazia revisões frequentes, mas sem essa rigidez.

11 - Com qual frequência fazia exercícios para prova objetiva?

R: Sempre que finalizava o estudo de algum ponto. Por exemplo, se o ponto de
estudo era inquérito policial, eu lia meu material sobre o tema, em seguida lia a lei
seca correspondente e, por fim, fazia os exercícios sobre IP (nem sempre isso tudo
ocorria no mesmo dia). Ao final avaliava se o rendimento tinha sido satisfatório e
se o meu material abrangia tudo que era cobrado. Na véspera de provas, me
dedicava mais a exercícios.

12 - Com qual frequência lia “lei seca”?

R: Conforme resposta anterior. Nunca tive bom rendimento simplesmente lendo a
lei seca do art. 1 ao 100, por exemplo. Sentia que depois eu não lembrava nada.
Então preferi vincular a leitura da lei seca ao estudo de um ponto determinado.

13 - Com qual frequência lia jurisprudência? Lia diretamente dos sites dos
Tribunais Superiores ou através de outros sites (como dizer o direito ou EBEJI)?

R: Toda semana. Mantinha os informativos em dia. Dizer o Direito sempre, versão
completa.

14 - Indicaria algum curso online com foco em magistratura/carreiras jurídicas?
Indicaria algum curso de oratória para a fase oral?

R: Eu cheguei a fazer LFG, Damásio, Mege e Cpiuris. Todos contribuíram de
alguma forma para a minha trajetória.

Para a prova oral, fiz Aprovandi e Rogéria Guida. Recomendo os dois e os
considero complementares.

15 - Indica algum método diferenciado de estudos para alguma das fases
(objetiva/discursiva/sentenças/oral)?

R: O método é algo muito pessoal. Para mim a forma de estudo variou pouco entre
as fases. Era sempre meu material + lei seca + informativo.

16 - Estudava a banca/examinadores responsável pela elaboração das provas da
segunda fase em diante?

R: Estudava um pouco.

17 - Se o tribunal é responsável pela elaboração das sentenças e tem um
posicionamento diverso do pacificado nos Tribunais Superiores, adotaria qual
posicionamento?

R: Essa é uma questão complicada. Aqui no TJRS considero recomendável adotar
a posição do Tribunal e fundamentar o motivo de afastar o entendimento do
Tribunal Superior. Nos demais Tribunais, eu registraria a ciência acerca do
“respeitável entendimento em sentido contrário”, mas adotaria o do Tribunal
Superior.

Recado para aqueles que ainda estão em busca da aprovação:

R: Eu sou avessa a clichês e, sempre que ouvia dos aprovados que toda a luta valia
a pena, eu, já cansada, me questionava se era isso tudo mesmo. Hoje, no dia em
que eu completo 8 meses de magistratura, posso dizer que não há exagero nessa
frase e que, se fosse necessário, eu faria o dobro para alcançar o objetivo.
A caminhada não é fácil. É preciso abrir mão de muita coisa, festas, viagens,
convivência com a família e com os amigos. O concurseiro abre mão até do
controle sobre a própria vida, já que a gente muitas vezes sabe que mais uma fase
vem, mas nem sabe que dia vai ser a prova (sem contar qnd mudam a data!).
Apesar disso tudo, eu conseguia achar uma certa beleza nessa caminhada, pois
sempre tive em mente que era uma escolha minha e que ela me levaria ao meu
objetivo. Hoje vejo que todas as dificuldades nos fortalecem para assumir a
jurisdição. Tem dia que a gente cai, tem dia que a gente chora olhando para o
livro, mas tem dia que a gente bate a meta, tem dia que a gente rende bem, tem
prova em que a gente vai melhor do que esperava e isso também tem que ser
valorizado. Um dia de cada vez, sempre no caminho.
A minha dica para os colegas é tentar fazer com que essa trajetória para a
aprovação seja feita com menos sofrimento e com mais gentileza com nós mesmos.
Saber que tem dia que é melhor parar e relaxar para depois voltar com o gás
renovado, que não vai ser um dia de descanso que vai impedir a aprovação. Isso, é
claro, desde que o comprometimento com o próprio projeto seja total, sem fugas e

sabotagens, senão estudar é perda de tempo. Eu chego a ter arrepio quando vejo
alguém dizendo “você está descansando e o concorrente está estudando”. Se
comparar com os outros só vai trazer sofrimento (e me trouxe por mt tempo, até
eu entender que a minha caminhada não era de mais ninguém). Daí a importância
de fazer um cronograma semanal, já pensando nos compromissos marcados e no
tempo realmente disponível, e cumpri-lo com determinação e disciplina. Eu fazia
no excel e, caso não conseguisse estudar alguma matéria, assinalava em vermelho
para saber que na próxima semana aquela matéria tinha que se estudada de
qualquer jeito.
Também acho importante dizer que é preciso saber que, antes do momento de
colher, vem o momento de plantar. Não adianta esperar resultados antes de
formada a base. Ter consciência da própria condição evita desgastes
desnecessários e nos fortalece para o momento certo. Nesse ponto, acho que pular
de uma reta final para a outra pode ser uma cilada.
Bom...a minha ideia aqui é colaborar, apenas passar a percepção de alguém que já
trilhou o caminho, sem a pretensão de ter respostas certas.
Concluo lembrando que até o ano passado eu era mais uma na batalha. A vida
virou de cabeça para baixo sem dar sinal de que dessa vez daria certo. Hoje
escrevo para vocês de uma cidadezinha acolhedora na fronteira com Uruguai, um
lugar que até pouco tempo eu nunca tinha ouvido falar e que hoje é a minha casa.
Acabo de chegar de uma inspeção no presídio local e já tenho questões de família,
cíveis, criminais para resolver, sem falar nas entrevistas “in loco” no final da tarde
e no júri da próxima semana. E eu adoro isso tudo. Não tem moleza, mas tem
muita realização. Acontece que não demora muito a carreira caminha e a cadeira
que eu hoje ocupo um dia vai ficar vaga. Quem vem???

 

                                              BIBLIOGRAFIA

Quais livros/autores ou cursos/cadernos indicaria para os estudos nas matérias
abaixo (se possível, especificar o professor de cada matéria nos cadernos/cursos):


No meu estudo, a doutrina era utilizada apenas nas matérias em que eu tinha mais
dificuldades e em questões pontuais.

Direito Administrativo – Carvalho Filho (estudo pontual)

Direito Ambiental –

Direito Civil –

Direito Constitucional – Pedro Lenza

Direito do Consumidor – Leonardo Garcia

Direito do Eleitoral –

Direito Empresarial – André Santa Cruz Ramos

Direito da Criança e do Adolescente –

Direito Penal – Parte Geral – Cleber Masson

Direito Penal – Parte Especial do Código Penal – Cleber Masson

Direito Penal – Legislação extravagante -

Direito Processual Civil -

Direito Processual Penal – Renato Brasileiro (estudo pontual)

Direito Tributário – Ricardo Alexandre

Humanística –

Sentença Cível -

Sentença Penal –